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Por que as mulheres se sentem sobrecarregadas?
Porque trabalhamos mais, simples. Você já parou para contar quantas horas trabalha por semana? Não estou falando apenas do trabalho formal,
aquele que tem registro em carteira ou do qual recebemos a diária.
Falo de todo trabalho executado, em sua maioria, por nós MULHERES.
TRABALHOS DE CUIDADOS E AFAZERES DOMÉSTICOS = TRABALHO INVISÍVEL
Mulheres dedicam 21 horas de trabalho não remunerado por semana em atividades domésticas, além do trabalho formal.
No Brasil 92% das pessoas que realizam trabalhos domésticos são mulheres. Aproximadamente 5, 5 milhões de mulheres.
Desses 5, 5 milhões de mulheres, 4 milhões são mulheres negras.
“Quando eu nasci não existia mais escravidão, mas eu via muita mulher trabalhando em casa de família em troca de um teto e comida e foi justamente contra essa forma de servidão disfarçada que briguei a minha vida inteira.”
Laudelina de Campos Melo
Pense sobre isso
Na sua casa quem é responsável pelas tarefas de cuidado com as crianças, idosos e adoentados?
Como surge a ideia de que essas tarefas são de natureza feminina?
O que você faria se tivesse 21 horas livres para dedicar exclusivamente ao seu desenvolvimento pessoal?
Ou ainda, sua situação financeira estaria um pouco melhor se esse trabalho fosse devidamente remunerado?
O que pode ser feito
Para que haja uma mudança nesse panorama atual é preciso que exista uma combinação entre: mudanças culturais e a construção/aplicação de políticas públicas feministas e antirracistas
Remuneração pelo trabalho diário invisibilizado
Divisão justa nos trabalhos domésticos
Acesso a períodos de descanso e lazer
Espaços de atividades comunitárias
Fortalecimento das redes de apoio
Garantia de Direitos
Muito do que acreditamos ser natural e de responsabilidade individual, foi imposto pelo sistema patriarcal e capitalista. A estrutura da cidade e a divisão dos trabalhos, pode e deve ser pensada de maneira coletiva. Sueli Carneiro, no podcast com Mano Brow, fala sobre isso:
“Só podemos avançar se a estratégia pensada for coletiva.”
EU APOIO!
Veja abaixo o depoimento das mulheres que apoiam a pauta da Andreia de Lima:
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